Um Sonho ao Alcance do Volante
Quantas vezes você já olhou para o mar no fim de semana e pensou: “Será que consigo chegar lá com o carro cheio de amigos, uma caixa de isopor e o pé na estrada?” Se sim, você não está sozinho. Viajar de carro para as praias paulistas é um dos programas mais queridos dos brasileiros — e em 2025, essa experiência pode estar mais acessível (ou mais cara) do que você imagina.
O litoral de São Paulo, com seus 100 km de costa, oferece desde praias movimentadas como Guarujá e Santos até vilarejos tranquilos como Ilhabela e Ubatuba. E o melhor: tudo isso a poucas horas de distância das grandes cidades do interior e da capital. Mas antes de colocar o pé na estrada, surge a pergunta que todo viajante prático faz: quanto vai custar essa aventura?
Neste artigo, vamos desvendar o verdadeiro custo de uma viagem de carro para as praias paulistas em 2025. Não falaremos apenas de gasolina — embora ela pese bastante no bolso. Vamos analisar combustível, pedágios, alimentação, estacionamento, manutenção do carro e até os imprevistos que podem surgir. Além disso, traremos dicas práticas para economizar, escolher o destino ideal e planejar tudo com antecedência.
Se você está pensando em organizar um passeio em família, um fim de semana a dois ou uma escapada com os amigos, este guia é para você. Vamos juntos transformar aquele sonho de ver o mar em uma realidade sem sustos no orçamento.
1. Combustível: O Maior Gasto da Viagem (e Como Reduzi-lo)
Quando se pensa em viajar de carro, o primeiro custo que vem à cabeça é o combustível. Em 2025, com os preços da gasolina ainda oscilando em torno de R$ 6,00 a R$ 7,50 por litro, dependendo da região, esse item pode representar até 40% do custo total da viagem, especialmente se o destino for mais distante.
Vamos fazer as contas com um exemplo prático: imagine que você sai de São Paulo (capital) com destino a Ubatuba, uma das praias mais procuradas do litoral norte. A distância é de aproximadamente 220 km de ida, e seu carro faz 12 km por litro com gasolina. Isso significa que você gastará cerca de 18,3 litros só na ida. Com a gasolina a R$ 7,00, o custo será de R$ 128,10 só de ida — e R$ 256,20 de ida e volta.
Agora, multiplique isso por um carro menos econômico (digamos, 8 km/l) ou por um destino mais distante, como Ilhabela (cerca de 250 km de ida). O valor pode facilmente ultrapassar R$ 400 só com combustível.
Mas calma: há formas de reduzir esse custo. Primeiro, planeje o trajeto com antecedência. Use apps como Waze ou Google Maps para escolher rotas com menos congestionamentos — cada parada prolongada consome mais combustível. Segundo, abasteça em postos estratégicos. Evite abastecer em postos localizados logo após pedágios ou em cidades turísticas, onde os preços costumam ser mais altos. Terceiro, mantenha o carro em dia. Pneus calibrados, filtro de ar limpo e motor regulado podem melhorar o rendimento em até 15%.
Dica prática: Se possível, considere viajar com mais pessoas. Dividir o custo do combustível entre quatro ou cinco amigos pode reduzir drasticamente o valor por cabeça — e ainda torna a viagem mais divertida.
Além disso, em 2025, muitos motoristas já estão optando por veículos híbridos ou elétricos. Se você tem um carro desses, o custo pode ser ainda menor — especialmente se puder recarregar em casa antes da viagem.
2. Pedágios: O “Extra” que Sempre Aparece

Mesmo que você não perceba, os pedágios são uma parte significativa do custo da viagem. Na ligação entre São Paulo e o litoral, a principal rodovia é a SP-160 (Rodovia dos Tamoios), administrada pela Ecovias dos Imigrantes. Em 2025, o valor médio de um trecho completo (como São Paulo até Caraguatatuba) pode variar entre R$ 40 e R$ 60 por trecho, dependendo do número de praças de pedágio.
Vamos ao cálculo:
- Ida: R$ 55
- Volta: R$ 55
- Total: R$ 110
E se você for até Ubatuba ou Ilhabela, pode passar por outras rodovias, como a SP-055 (Dutra) e a BR-101, que também têm pedágios. Em alguns casos, o valor total pode chegar a R$ 150 ida e volta.
Mas há como economizar? Sim.
Primeiro, fique atento aos descontos por prazo ou frequência. Algumas concessionárias oferecem descontos para quem passa várias vezes no mês. Segundo, use o sem parar ou cartão de pedágio. Embora haja uma taxa mensal, o acúmulo de descontos pode compensar em viagens frequentes. Terceiro, evite feriados e finais de semana de alta temporada — os pedágios não ficam mais caros, mas o risco de congestionamento aumenta, e isso consome mais combustível.
Curiosidade: Em 2025, algumas rodovias começam a testar pedágios dinâmicos, onde o preço varia conforme o horário e o fluxo de tráfego. Viajar de madrugada ou em horários alternativos pode render economia.
Portanto, mesmo que pareçam pequenos, os pedágios merecem atenção no seu orçamento. Inclua-os desde o início do planejamento — e evite surpresas na volta.
3. Alimentação na Estrada: Comer Bem sem Esgotar o Bolso
Viajar de carro traz uma grande vantagem: a liberdade de parar onde e quando quiser. Mas essa liberdade tem um preço — especialmente quando se trata de alimentação. Lanches rápidos, refeições em restaurantes de estrada e aquela parada para tomar um café podem somar valores surpreendentes.
Imagine uma família de quatro pessoas viajando para Santos. Na ida, param em um posto de combustível para almoçar. Cada pessoa gasta em média R$ 35 em um combo (lanche, bebida e batata). Só nessa parada, o valor total é de R$ 140. Na volta, mais R$ 120. Em dois dias, já são R$ 260 só com alimentação na estrada.
Como reduzir esse custo?
Aqui vão algumas dicas práticas:
- Leve lanches de casa. Frutas, sanduíches, água e bolachas são opções baratas e saudáveis. Uma caixa térmica com isopor pode manter tudo fresco.
- Evite restaurantes dentro de postos. Eles costumam ser 20% a 40% mais caros. Se possível, saia da rodovia e procure lanchonetes locais.
- Coma no destino. Muitas praias têm mercados, quitandas e food trucks com preços mais justos do que os restaurantes turísticos.
- Use apps de cupons. Em 2025, plataformas como iFood, PicPay e até supermercados oferecem descontos para compras em postos e lanchonetes.
Exemplo real: Uma família de cinco pessoas economizou R$ 180 em um fim de semana simplesmente levando marmitas e evitando refeições em postos. Gastaram apenas R$ 50 com água, frutas e um lanche rápido — contra uma média de R$ 230 em gastos com alimentação.
Portanto, planejar a alimentação com antecedência pode fazer uma grande diferença. E, como bônus, você ainda evita aquela sensação de “comi por necessidade, não por vontade”.
4. Estacionamento: O “Custo Invisível” nas Praias
Você chegou à praia, tirou os chinelos, colocou a toalha na areia… e na hora de voltar, descobre que vai pagar R$ 30 por dia para estacionar o carro. Sim, isso é real — e cada vez mais comum nas praias paulistas, especialmente em alta temporada.
Em cidades como Guarujá, São Sebastião e Ubatuba, o estacionamento em áreas centrais pode custar entre R$ 20 e R$ 40 por dia. Em feriados ou eventos, esse valor pode subir para R$ 60. Para uma viagem de três dias, isso representa R$ 180 só com estacionamento — quase o preço de uma diária de hotel simples.
Mas há alternativas? Claro.
- Estacione em ruas residenciais. Muitas praias permitem estacionamento gratuito em vias secundárias, desde que respeite as placas de proibido estacionar.
- Use estacionamentos comunitários. Moradores locais costumam oferecer vagas por valores menores (entre R$ 10 e R$ 20).
- Hospede-se em hotéis com estacionamento grátis. Alguns estabelecimentos incluem a vaga no valor da diária — uma boa economia.
- Vá de transporte público no centro. Em cidades como Santos e Bertioga, há ônibus que levam do estacionamento periférico até o centro.
Dica importante: Em 2025, algumas cidades já adotam sistemas de estacionamento rotativo com app. Baixe o aplicativo da prefeitura antes de viajar para saber onde é permitido estacionar e por quanto tempo.
Portanto, não subestime esse custo. Planeje onde vai deixar o carro com antecedência — e evite levar um susto ao final do dia.
5. Manutenção e Segurança do Carro: Prevenir é Mais Barato que Remediar

Antes de colocar o pé na estrada, uma pergunta essencial: seu carro está preparado para a viagem? Um pneu furado, uma pane seca ou um problema no motor podem não só estragar o passeio, mas gerar custos extras altíssimos.
Em 2025, o custo médio de uma assistência 24h (como guincho ou troca de pneu) pode variar entre R$ 150 e R$ 400, dependendo da localização. Já uma manutenção preventiva — feita antes da viagem — custa em média R$ 200 a R$ 400, mas pode evitar despesas muito maiores.
O que verificar antes de viajar?
Faça uma checklist simples:
- Pneus: calibragem, desgaste e estepe em dia.
- Óleo e filtros: troque se estiver próximo da quilometragem limite.
- Água do radiador e freios: níveis adequados.
- Luzes: faróis, lanternas e setas funcionando.
- Ar-condicionado: essencial para viagens longas no verão.
Dica prática: Contrate um plano de assistência 24h. Muitas seguradoras e associações (como o Auto Club) oferecem pacotes anuais por menos de R$ 300 — com guincho, chaveiro, pane seca e até reboque.
Além disso, em 2025, veículos conectados estão mais comuns. Se o seu carro tem sistema de localização, ative-o. Em caso de roubo ou perda, facilita muito o resgate.
Lembre-se: investir em prevenção é sempre mais barato que lidar com emergências. Um carro bem cuidado também consome menos combustível e oferece mais segurança para toda a família.
6. Custos do Destino: Praia Grátis, Mas Nem Tudo é
Muita gente acha que, como a praia é pública, a viagem será barata. Mas a realidade é que, mesmo sem custo de entrada, existem gastos indiretos no destino que podem pesar no bolso.
Pense em:
- Aluguel de guarda-sol e cadeiras: entre R$ 40 e R$ 80 por dia.
- Passeios turísticos: trilhas, escunas, mergulho — de R$ 60 a R$ 150 por pessoa.
- Compras de lembranças: artesanato, roupas, comidas típicas.
- Entrada em atrações: como o Aquário de Santos (R$ 40 por adulto) ou o Parque Estadual da Serra do Mar.
Para uma família de quatro pessoas, esses custos extras podem somar R$ 500 a R$ 1.000 em um fim de semana.
Como aproveitar sem gastar muito?
- Escolha praias com estrutura pública gratuita, como Praia do Perequê (Ubatuba) ou Praia do Itagua (Caraguá).
- Faça passeios naturais — trilhas, cachoeiras e mirantes costumam ser gratuitos.
- Evite lojas turísticas. Compre artesanato em feiras locais, onde os preços são mais justos.
- Use cupons e descontos em atrações. Muitos municípios oferecem ingressos promocionais em sites oficiais.
História real: Um casal de Campinas viajou para Ilhabela com R$ 300 por pessoa. Gastaram R$ 120 com combustível, R$ 60 com pedágios, R$ 40 com alimentação e R$ 80 com um passeio de escuna. O resto foi aproveitado em praias livres, trilhas e piquenique. Prova de que é possível se divertir sem gastar uma fortuna.
7. Comparativo: Viajar de Carro x Ônibus x Avião
Será que viajar de carro realmente compensa? Vamos comparar com outras opções:
Carro (4 pessoas) | R$ 1.200 (total) | Liberdade, conforto, bagagem ilimitada | Custo com combustível, pedágio e estresse |
Ônibus (por pessoa) | R$ 180 a R$ 250 | Barato, não precisa dirigir | Horários fixos, menos conforto |
Avião + transporte local | R$ 600+ por pessoa | Rápido | Alto custo, necessidade de aluguel de carro |
Como mostra a tabela, viajar de carro sai mais barato por pessoa quando há mais de duas pessoas. Além disso, oferece flexibilidade — você decide quando parar, onde almoçar e quantas praias visitar.
Mas exige mais planejamento. Já o ônibus é ideal para quem viaja sozinho ou em dupla e quer economizar. O avião, por sua vez, só compensa se o tempo for escasso — e o orçamento, folgado.
Portanto, o carro continua sendo a melhor opção para famílias e grupos, desde que bem planejado.
8. Dicas para Economizar em 2025: Planejamento é a Chave
Agora que você já sabe onde o dinheiro vai, vamos às dicas práticas para reduzir custos e maximizar a experiência:
- Viaje na baixa temporada. Evite janeiro, feriados prolongados e festas de fim de ano. Os preços de tudo — combustível, estacionamento, alimentação — tendem a subir.
- Use apps de economia. Waze (rotas), GasBuddy (preço da gasolina), Moovit (transporte local) e até cupons de desconto podem ajudar.
- Divida os custos. Use aplicativos como Splitwise para dividir despesas entre amigos.
- Fique em casas de temporada. Airbnb ou casas de amigos costumam ser mais baratas que hotéis.
- Carregue itens essenciais. Toalhas, protetor solar, jogos e carregadores evitam compras por impulso no destino.
Exemplo de viagem econômica (3 dias, 4 pessoas):
- Combustível: R$ 280
- Pedágios: R$ 110
- Alimentação: R$ 200 (com lanches de casa)
- Estacionamento: R$ 60
- Passeios: R$ 160
- Total: R$ 810 (R$ 202 por pessoa)
É possível, sim, aproveitar o litoral sem gastar milhares.
Conclusão: Viajar é Possível — Basta Planejar
Viajar de carro para as praias paulistas em 2025 pode custar entre R$ 600 e R$ 1.500 para uma família de quatro pessoas, dependendo do destino, estilo de viagem e época do ano. O maior gasto continua sendo o combustível, seguido por pedágios, alimentação e estacionamento. Mas com planejamento, é possível reduzir esses valores significativamente.
Mais do que números, o importante é lembrar que viajar não precisa ser caro para ser inesquecível. Um pôr do sol em Maresias, um mergulho em Toque-Toque Grande ou um piquenique em São Sebastião podem custar pouco — e valer muito.
Portanto, antes de adiar seu sonho de ver o mar, pegue um papel, faça suas contas e comece a planejar. Use as dicas deste artigo, envolva sua família ou amigos e transforme aquela ideia em realidade.
E aí, qual será sua próxima parada no litoral paulista?
Deixe nos comentários seu destino favorito — e se já fez uma viagem de carro, compartilhe sua experiência! Vamos trocar ideias e ajudar mais viajantes a aproveitarem o melhor do nosso litoral — com inteligência, economia e muito bom humor.
Afinal, o mar está esperando. E a estrada, também. 🚗🌊

Emilly Santos é uma entusiasta apaixonada por viagens e pela descoberta de novos restaurantes, sempre em busca de experiências que ampliem sua visão de mundo. Movida pelo desejo de alcançar liberdade financeira e viver de forma independente, ela dedica tempo ao desenvolvimento pessoal e ao aprimoramento do auto desempenho, acreditando que cada escolha pode ser um passo rumo a uma vida mais plena e equilibrada.